segunda-feira, 31 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Desnorteados ou a bússola explicada às crianças
Diapositivo 1 - Capitão caril

Diapositivo 2 - Bloco Central
Diapositivo 3 - Evolução
A minha missão neste blog, ao contrário de certas e determinadas pessoas, pauta-se por intuitos pedagógicos. Enquanto que o babyface se limita a gozar de forma alarve com tudo, eu acho que educar as pessoas sofisticadas que utilizam este tipo de instrumentos para definir os seus posicionamentos políticos é um dever cívico, que cumpro sem receber um tostão, ao contrário dos coordenadores do projecto da Bússola, sediados no ICS. Vamos lá, então.
A chave para as avarias na bússola está na Europa. Dizem os nossos cientistas políticos preferidos: "O posicionamento mais próximo do pólo Tradicional-nacionalista significa genericamente que defende a preservação da soberania nacional em detrimento de um aumento de poder da União Europeia e que está mais próximo de valores conservadores no que respeita a questões éticas e morais. "
Portanto, e como se pode ver pelos gráficos acima expostos na escala Tradicional-Libertário que supostamente trata da moral e dos costumes, para os nossos cientistas políticos, entre o PCP e o PNR não existem grandes diferenças no que a libertarianismo diz respeito. Como podem ver pelo gráfico relativo ao Bloco Central, PS e PSD estão praticamente lado a lado se não tivermos em conta os "Estilos de Vida" e o "Sociedade e Ambiente". Assim, mal abandonamos a questão europeia e é ver o PS, suposto partido progressista na moral e nos costumes e grande nivelador da sociedade portuguesa, que no resultado final surge mais cosmopolita que o PCP, a começar a baixar na vertical. No mesmo gráfico podemos ver o PCP e o Bloco lá em cima e à esquerda, no terreno da "social-democracia radical".

Diapositivo 2 - Bloco Central
Diapositivo 3 - Evolução
A minha missão neste blog, ao contrário de certas e determinadas pessoas, pauta-se por intuitos pedagógicos. Enquanto que o babyface se limita a gozar de forma alarve com tudo, eu acho que educar as pessoas sofisticadas que utilizam este tipo de instrumentos para definir os seus posicionamentos políticos é um dever cívico, que cumpro sem receber um tostão, ao contrário dos coordenadores do projecto da Bússola, sediados no ICS. Vamos lá, então.A chave para as avarias na bússola está na Europa. Dizem os nossos cientistas políticos preferidos: "O posicionamento mais próximo do pólo Tradicional-nacionalista significa genericamente que defende a preservação da soberania nacional em detrimento de um aumento de poder da União Europeia e que está mais próximo de valores conservadores no que respeita a questões éticas e morais. "
Portanto, e como se pode ver pelos gráficos acima expostos na escala Tradicional-Libertário que supostamente trata da moral e dos costumes, para os nossos cientistas políticos, entre o PCP e o PNR não existem grandes diferenças no que a libertarianismo diz respeito. Como podem ver pelo gráfico relativo ao Bloco Central, PS e PSD estão praticamente lado a lado se não tivermos em conta os "Estilos de Vida" e o "Sociedade e Ambiente". Assim, mal abandonamos a questão europeia e é ver o PS, suposto partido progressista na moral e nos costumes e grande nivelador da sociedade portuguesa, que no resultado final surge mais cosmopolita que o PCP, a começar a baixar na vertical. No mesmo gráfico podemos ver o PCP e o Bloco lá em cima e à esquerda, no terreno da "social-democracia radical".
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Contributos para uma bussola política
Existe para aí uma coisa chamada bússola política. É tipo daqueles inquéritos sobre dietas da cosmopolitan, mas com temas de natureza política. Conscientes da relevância de tal iniciativa, e enquanto cidadãos, devemos contribuir para tal feito, sugerindo novas questões. Estas, por exemplo:
1 - Acha que Sócrates no caso Freeport?
a) Meteu dinheiro ao bolso;
b) Não meteu dinheiro ao bolso;
C) Não sei, mas quero tanto acreditar que ele meteu dinheiro ao bolso.
2 - Qual a atitude de Portas perante um bom resultado nas legistativas?
a) Fazer coligação com os socialistas;
b) Fazer coligação com os sociais-democratas;
c) Emocionar-se e chorar de alegria;
d) Fazer uma empresa de sondagens, comprar um jaguar, adoptar um daqueles macacos do filme "Gorilas na Bruma";
3 - Qual é na sua opinião o melhor manual de Ciência Política publicado em Portugal?
a) "Manual de Ciência Política", Adriano Moreira;
b) "Elites, Sociedade e Mudança Política", de António Costa Pinto e André Freire;
c) Qualquer artigo de João Carlos Espada (tradução inglesa: John Charles Sword);
d) "Cagalhoto na cabeça", Professor Herrero.
Mau negócio para os operadores turísticos
João Dias, engenheiro português de 25 anos, acabou uma volta ao mundo que durou uma pipa de meses. Chegado a Lisboa disse que a vida era quase igual em todo o mundo, o que significa, mais coisa menos coisa, que dar uma volta ao mundo é semelhante a ficar 2 anos a dar voltas à Rotunda do Marquês de Pombal. A notícia, dada assim de frosques, preocupa o operador turístico que nos quer convencer que Ayamonte é um género de selva amazónica cheia de espanhóis. É também perigoso para alguns departamentos de antropologia. No geral, porém, é a melhor coisa que se ouviu nos últimos tempos. Valeu a pena dar a volta ao mundo. Deu-se o primeiro passo. Agora falta o resto.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Socialização
Segundo o Público de hoje, a PSP revistou um rapaz de quatro anos à entrada do bairro onde vive, tendo aberto a sua mochila do Noddy.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
O que é que é um mandatário?
Anda para aí um sururu porque o PS escolheu uma moça com problemas de pele para mandatária de juventude. Em primeiro lugar, não sei para que é que serve um mandatário de juventude. Nem conheço ninguém que alguma vez me tenha dito: "Ehh pa! Ontem ouvi o mandatário de juventude daquele partido e fiquei bué mais informado sobre a situação do país! Foi brutal!". Em segundo lugar, se a moça com os problemas de pele é uma má escolha, qual é a boa? O vocalista de Blind Zero? Pá, ao menos a gaja não canta.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Columbófilos subversivos pela gajificação do mundo
Depois de seriamente reflectir sobre as palavras do Tigre dei por mim a pensar nas associações de columbófilos que pupulam por este país afora. Agremiações que, à sombra de actividades de cultura e recreio, durante décadas acolheram alguns dos mais perigosos agentes subversivos da ordem moral e radicais revolucionários políticos. Homens, quicá gajificados, que nutrindo um genuíno amor pelo pombo correio, esse preciso transmissor de informações, e escudando-se no estatuto de utilidade pública de que este beneficiava, travaram uma luta sem tréguas contra as perigosas associações e clubes de tiro a chumbo, povoadas por seres obscurantistas, sedentos do sangue dos mensageiros. Perante a incontornável confusão que paira sobre a ordem social vigente, será lícito supor que muitas das dúvidas quanto ao devido lugar de cada um na sociedade serão semeadas pelos columbófilos? Será que estamos face a uma perigosa reconversão dos criadores de pombos e a sua expansão a outras áreas da vida social?
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Jesus é uma mulher

A revelação era séria. Segundo a lista a que tive acesso, em primeiro mão, o treinador do Benfica Jorge Jesus, tal como o grande sprinter jamaicano Usain Bolt, é também uma mulher, mais um elemento de uma subversão planetária. Neste caso fiquei mais descansado porque aparentemente não há nada contra mulheres treinarem equipas de futebol masculinas. A coisa, no entanto, parecia disparatada. Jesus, o nosso Jesus, uma mulher? A minha descrença foi abalada por um conjunto de contactos que efectuei. Rosália Gomes, cabeleireira, encontrou semelhanças intensas entre o penteado de Jesus, o de actrizes de filmes eróticos dos anos 70 e de groupies de bandas psicadélicas e de rock progressivo. Um conhecido psicólogo da nossa praça, escudado no anonimato, notou que o perfil másculo e duro de Jesus, e sobretudo o dinâmico mascar de pastilha, denotava um notável esforço de ocultação, apenas ao alcance de grandes prestigiadores, como Reinaldo Teles, cujo nome verdadeiro é Luísa Madureira. A Jesus no entanto, vai faltando o bigode. O jornalista desportivo B. asseverou que ao contrário de José Mourinho ou Scolari, que são uns verdadeiros pais para os jogadores, Jesus denota características vincadas da mãe mediterrânica (sugerindo-se até uma ascendência italiana), chegando a querer levar o plantel lá para a casa para os controlar melhor. Uma última entrevista, ao sócio do Benfica João Silva, garantiu-me que a suspeita podia ser verdadeira. Tigre: João Silva e o se Jesus fosse uma mulher? Silva: Uma mulher? Tigre: sim uma gaja; Silva: uma gaja como? Tigre: uma gaja como outra gaja qualquer ... Silva: como uma gaja qualquer como, caralho? Você está a dizer que o treinador do Benfica é como uma gaja qualquer? Tigre: quer dizer ... não ... Silva: uma gaja especial, como não há muitas, isso é o que Jesus é, uma gaja a sério é o que ele é, a melhor gaja a treinar equipas no campeonato e na Europa, melhor do que as gajas que treinam o Sporting e o Porto, um gaja com G grande; Tigre: mais ainda assim uma gaja ... ; João Silva: mas é a melhor gaja que tem aparecido por aqui, estou fartos destas últimas gajas que não ganham nada.
E pronto, não digo que Jesus seja uma mulher mas que há elementos fortes para suspeitar parece não haver dúvida.
Bolt é uma mulher
Embora defensor da teoria que, mais cedo ou mais tarde, as marcas desportivas alcançadas pelas mulheres se aproximarão da dos homens até a diferença se tornar indistinta, fui surpreendido por uma notável teoria da conspiração, cuja origem não posso revelar: Usain Bolt, o incrível sprinter jamaicano é na verdade uma mulher. Um teste deveria ser imediatamente realizado para provar esta desconfiança. A questão agora é saber se, perante esta sua condição, Bolt seria desclassificado e o seu recorde do mundo anulado. Imaginemos, o seu recorde do mundo deixa de valer por Bolt ser uma mulher? Ou passa a ser um recorde do mundo feminino. Confuso. Esta teoria, assente, garanto ao leitor, em fontes sérias, leva-nos porém bastante mais longe. O caso de Bolt, asseguraram-me, não é único. Trata-se apenas do mais surpreendente de uma série de casos criados por uma poderosa organização subversiva. Tive a sorte de ter acesso a uma lista de mulheres notáveis que se fazem passar por homens notáveis. Um dos casos desta lista intrigou-me e resolvi investigar.
terça-feira, 18 de agosto de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
O lince da Malcata
A inclusão de MVA nas listas do PS para as próximas eleições legislativas já mereceu amplos comentários e por isso não vale mais a pena insistir no assunto. A linha de argumentação que MVA tem vindo a seguir desde a assumpção pública do seu apoio ao PS não deixa todavia de ser ainda mais surpreendente do que a sua entrada no grupo parlamentar do PS. O caso mais recente é o artigo hoje publicado no Diário Económico, onde MVA se socorre da obra de Carlos Jalali "Partidos e Democracia em Portugal" para sublinhar a necessidade de deslocar a linha de clivagem entre esquerda e direita em Portugal da esquerda do PS para o espaço entre o PS e o PSD. A primeira surpresa nasce do facto de ver MVA a subscrever as teses institucionalistas de Jalali, que situa a quebra entre esquerda e direita no sistema partidário português entre as forças que no 25 de Novembro queriam uma democracia liberal e as forças revolucionárias.
Este raciocínio gera no leitor duas estupefacções, para além de ver MVA a apoiar-se neste tipo de argumentos. Em primeiro lugar se MVA leu a obra de Jalali como é que lhe é possível ignorar outros elementos enunciados pelo próprio autor: o facto de Portugal ser o país da Europa do Sul onde é menor a clivagem entre os partidos de "centro-esquerda" e "centro-direita"; de o PS e o PSD serem partidos sem enraizamento social e máquinas desideologizadas de conquista de poder; de que o bloco central esteve sempre junto nas decisões fundamentais do regime (a criação da UGT, a adesão à CEE, as revisões constitucionais ou a limpeza dos cadernos eleitorais em 1998) e que nos momentos onde esse acordo não foi possível a decisão foi remetida para referendo ou ainda a semelhança entre ambos nos padrões de ocupação dos lugares no Estado.
A surpresa continua quando, no movimento seguinte, MVA rejeita essa mesma linha de clivagem: "Trinta e tal anos (!) depois do 25 de Novembro não me interessa (e muito menos às gerações jovens) saber se a escolha é entre revolução ou democracia liberal, mas sim entre fazer ou não reformas com base em valores progressistas". Ora se o que interessa é "fazer ou não reformas com base em valores progressistas" como é que se esquece do historial do PCP (um partido "anacrónico", talvez como o lince da Malcata, de acordo com o mesmo Jalali) e do BE em levar para a frente uma agenda progressista? E como ignorar que, de uma forma ou outra, e para além dos debates para consumo interno, são na verdade os dois únicos partidos com uma agenda "social-democrata radical" no contexto da político português? Se é certo que existe uma esquerda séria e consequente no PS, num contexto onde a sistema partidário português está à beira de se dividir em três blocos, quebrando o habitual bipartidarismo, não seria "progressista" apoiar as forças à esquerda do PS, obrigando-as chegar a acordo? Não seria um sinal de "modernidade" acabar com a ética salazarista do governo de maioria absoluta e obrigar ao entendimento, mesmo que pontual das forças à esquerda?
É que quem lê MVA, nos últimos tempos, fica com a sensação que Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva são os únicos continuadores da herança salazarista, como se Sócrates e Guterres (de diferentes formas é certo) também não tivessem alimentado essa mesma tradição e a ética da "maioria absoluta" não fosse ela mesma um sinal inequívoco dessa filiação.
Este raciocínio gera no leitor duas estupefacções, para além de ver MVA a apoiar-se neste tipo de argumentos. Em primeiro lugar se MVA leu a obra de Jalali como é que lhe é possível ignorar outros elementos enunciados pelo próprio autor: o facto de Portugal ser o país da Europa do Sul onde é menor a clivagem entre os partidos de "centro-esquerda" e "centro-direita"; de o PS e o PSD serem partidos sem enraizamento social e máquinas desideologizadas de conquista de poder; de que o bloco central esteve sempre junto nas decisões fundamentais do regime (a criação da UGT, a adesão à CEE, as revisões constitucionais ou a limpeza dos cadernos eleitorais em 1998) e que nos momentos onde esse acordo não foi possível a decisão foi remetida para referendo ou ainda a semelhança entre ambos nos padrões de ocupação dos lugares no Estado.
A surpresa continua quando, no movimento seguinte, MVA rejeita essa mesma linha de clivagem: "Trinta e tal anos (!) depois do 25 de Novembro não me interessa (e muito menos às gerações jovens) saber se a escolha é entre revolução ou democracia liberal, mas sim entre fazer ou não reformas com base em valores progressistas". Ora se o que interessa é "fazer ou não reformas com base em valores progressistas" como é que se esquece do historial do PCP (um partido "anacrónico", talvez como o lince da Malcata, de acordo com o mesmo Jalali) e do BE em levar para a frente uma agenda progressista? E como ignorar que, de uma forma ou outra, e para além dos debates para consumo interno, são na verdade os dois únicos partidos com uma agenda "social-democrata radical" no contexto da político português? Se é certo que existe uma esquerda séria e consequente no PS, num contexto onde a sistema partidário português está à beira de se dividir em três blocos, quebrando o habitual bipartidarismo, não seria "progressista" apoiar as forças à esquerda do PS, obrigando-as chegar a acordo? Não seria um sinal de "modernidade" acabar com a ética salazarista do governo de maioria absoluta e obrigar ao entendimento, mesmo que pontual das forças à esquerda?
É que quem lê MVA, nos últimos tempos, fica com a sensação que Manuela Ferreira Leite e Cavaco Silva são os únicos continuadores da herança salazarista, como se Sócrates e Guterres (de diferentes formas é certo) também não tivessem alimentado essa mesma tradição e a ética da "maioria absoluta" não fosse ela mesma um sinal inequívoco dessa filiação.
quinta-feira, 13 de agosto de 2009
Quem é o nosferatu?
O Público desta segunda-feira relata-nos a situação de imigrantes a trabalhar no Alentejo. A descrição faz-nos lembrar a região antes do 25 de Abril. Só que em vez de serem nativos, são pessoas que nasceram em países mais pobres. O título da reportagem é elucidativo: "Prometiam-lhes o paraíso, mas viram o inferno?". O autor da façanha é, alegadamente, um romeno ligado a práticas ilegais de angariação de mão-de-obra que se faz esconder sob a capa de uma empresa de trabalho temporário. Pena que o diário não tenha tentado saber quem foi a empresa responsável pela contratação dos seus serviços? Afinal quem é criminoso? Apenas quem explora directamente ou aqueles que, perante um orçamento de baixíssimos custos, viram a cara, lavam as mãos e recorrem a quem lhes garante um bom investimento?
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
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