sexta-feira, 27 de novembro de 2009

do activismo queque

Os intitulados "amigos do Jardim do Príncipe Real", gente civilizada usualmente com mais de dois apelidos, promoveram uma petição contra a requalificação do dito jardim realizada pela Câmara Municipal de Lisboa. Advogam que as árvores cortadas não estavam doentes ou sem vida mas apenas velhas, e estão contra o facto de terem sido retirados "gradeamentos que estavam em perfeito estado e protegiam da incivilidade de muitos dos nossos concidadãos alguns dos canteiros".
A prova do abastardamento da elite nacional é que esta mesma petição me veio parar à caixa do correio. Eu que comprei a minha comenda em saldo e que odeio gradeamentos nos jardins, bem como canteiros, perfilhando o princípio democrático que a relva e o espaço verde são para os cidadãos pisarem e rebolarem, saltarem e usufruírem de forma genérica.

E agora, como viver sem os gradeamentos que nos protegem dos cidadãos incivilizados? Talvez comprarem uma casa num condomínio privado, longe dos incivilizados e um com um alto gradeamento de cimento, com cancela e guarda.

Os gradeamentos, esse problema fulcral das sociedades contemporâneas. E assim vai o activismo queque.

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